sexta-feira, 29 de abril de 2011

Luxo, glamour e poder

, quero que você vá treinando os passinhos dos minutos finais do vídeo para dançarmos juntas lá no Rio. Eu já tô quase aprendendo, visse?
E depois as pessoas não querem concordar comigo quando eu legislo pela causa! Proibição aos bebos e bebas de sequer chegarem perto de um celular ou de um computador com acesso a internet.
Sim, eu sei que eu tenho um senso de humor esquisito, mas alguém pode me explicar (afora as cervejas a mais) porque que não consigo parar de rir histericamente?

Vem comigo!!!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Psicografia I


Tem vezes que escrevo coisas que nem sei. Parece que alguma espécie de rumo interno se perde e os dedos, como que escravos desse obsessor do meu coração (ou espírito de luz) não percorressem o que mandam os pensamentos.

Racionalidade? Coerência? Seja lá que força-coisa seja essa, nunca ouviu falar...

E eu não sou mais ela.

Nem sou eu.

Eu sou o que...

Eu só sou.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dos mistérios


...E quem quiser que conte outros...

Dos mistérios V


Oh, amado! E tudo isso morava em mim?

Dos mistérios IV


“Eu te pareço louca?
Eu te pareço pura?
Eu te pareço moça?
Ou é mesmo verdade
Que nunca me soubeste?”

Então eu conto. Aqui tem oco e ódio. Tem medo e vergonha. Tem horrores onde eu como teus filhos como aquela cadela nojenta que não devia procriar, porque era macha demais. Aqui eu sou vil e profana.
Aqui eu babo de raiva.
Daqui faço questão que morras, calcanhar ferido, e nunca mais voltes.
E se te assusto assim é porque ainda nem falei das romãs o seu caroço. Cuspo-o no teu rosto meu nojo em ódios e vermelhos sangüíneos.
E nunca foi você.
Nunca.

“Não é apenas um vago, modulado sentimento
O que me faz cantar enormemente
A memória de nós. É mais. É como um sopro
De fogo, é fraterno e leal, é ardoroso
É como se a despedida se fizesse o gozo
De saber
Que há no teu todo e no meu, um espaço
Oloroso, onde não vive o adeus.
Não é apenas vaidade de querer
Que aos cinqüenta
Tua alma e teu corpo se enterneçam
Da graça, da justeza do poema. É mais.
E por isso perdoa todo esse amor de mim
E me perdoa de ti a indiferença.”

Também.

Me deixa deitar ao teu lado? Foi só um sonho ruim.

Meu nome é várias.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Dos mistérios III

Ele tinha um jeito de me contar como segredo. Sussurrando em meu ouvido. Desejo.

Dos mistérios II


“Águas. Onde só os tigres mitigam a sua sede.
Também eu em ti, feroz, encantada
Atravessei as cercaduras raras
E me fiz máscara, mulher e conjetura.
Águas que não bebi. Crespusculares. Cavas.
Códigos que decifrei e onde me vi mil vezes
Inconexa, parca. Ah, toma-me de novo
Antiqüíssima, nova. Como se fosses o tigre
A beber daquelas águas.”

Hilda Hilst

Dos mistérios I


Hamlet: Vai prum convento. Ou preferes ser geratriz de pecadores? Eu também sou razoavelmente virtuoso. Ainda assim. Posso acusar a mim mesmo de tais coisas que talvez fosse melhor minha mãe não me ter dado à luz.

Ofélia: Oh, céu clemente, ajudai-o!

Hamlet: Como você se pinta! Deus te deu uma cara e você faz outra. E você ondula. Vai embora - chega - foi isso que me enlouqueceu. Prum bordel - vai!

(Hamlet- Ato III.)

Caro H.

Sim, eu continuei cantando. Tal qual sereia.

Tivestes tanto medo de afundar-te em mim, que acreditasses num maternal delírio gertrudiano de beleza e morte e flores e limpidez.

Assim, da boca da tua mãe, soubeste-me. E aquela era água lodosa...

Ah, Homem!

Aquele mergulho antes de ser indefinição de minha identidade, foi necessidade tua. Para que não te assustastes com a megera que eu te devoraria nas noites em que suas.

Meu nome H., também é loucura!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pesadelo

Bom, saiu a grana de um dos projetos que eu estou envolvida. Legal, legal, eu sei, mas significa um final de mês correndo contra o tempo e acumulando cansaço.
E eu não tô legal pra isso, não mesmo. Não agora. Sei que depois melhora e eu adoro o que faço, mas tenho sentido falta de várias das minhas horas de sono perdidas. Tenho maior carinho pelas bichinhas, sabecomuéqueé?
Ontem dormi apenas duas delas para acabar acordando no meio de um pesadelo, e ainda zonza ir cuidar de outras vidas.

Falta muito para o dia acabar, papai smurf?

Samhain

Tempo

benditos todos os dias em que recebo tua visita
pois é da certeza da minha brevidade que retiro poesia

A pé

"Perder-se também é caminho."
Clarice Lispector

Há algum tempo a amiga-esposa me apresentou esse blog com a seguinte taxativa: - Isso sim é que é homem de ser ler...

Fui, gostei, e cheguei até a utilizar um de seus textos como mote para uma dissertação. Depois disso, passei uns tempos sem ir lá, não sei bem porque... acho que perdi as coordenadas para voltar, enfim... quaisquer destas coisas da vida...

Até que notei a Clara e a Borboleta lançando tal qual duas doidas, pedrinhas poéticas de um cara no lago facebookiano. O nome não me pareceu estranho, fui ver mais de perto e touché: Era ele.

O ele nesse caso se chama Vitor Freire e escreve coisas como estas:

“(...) Eu queria arrumar as coisas na minha cabeça, mas percebi que não tinha nada a te dizer. Tinha o mundo inteiro para nos contar, queria que a escrita organizasse algo. Não há o que ser organizado.Eu sinto a confusão. Não há entrelinhas aqui. Eu queria apenas gostar de você. Para ser mais leve, para ser compatível com o tempo presente. Mas, não. Eu quero construir essa confusão contigo. Com seu sorriso, com sua voz, com suas palavras. Eu sempre escrevo para inventar quem eu sou. Hoje comecei a escrever para te esquecer do que sou. O ínicio e o fim são ilusões. Somos sempre dentro.”

"Eu não te amo mais é o novo Te amo para sempre. Eu não te amo mais, porque seria impossível. Se fosse possível, te juro, falaria apenas: Não consigo te amar menos. E talvez você entendesse meu recado. Eu te quero. No meu mundo isso é mais romântico do que qualquer carta prolixa que eu te escreva. Ou qualquer dança em plena rua, com sussurros passionais no seu ouvido esquerdo. Internamente, eu decidi que o seu ouvido esquerdo seria o desleixado. Aquele que receberia sem discernimento o que me desse vontade. O ouvido direito receberia sempre algo que tivesse passado por muito pensamento, cuidado, reflexão. Durante todo esse tempo, eu só te disse uma coisa no seu ouvido direito. Eu te quero.”

“Antes de ir embora, eu toquei sua mão como um adolescente que encosta o dedinho na mão amada no escuro do cinema torcendo para que ela não desencoste. Se ela deixasse, sinal verdade. A permanência, ainda que completamente imóvel, era a mais vigorosa declaração de amor.Ela me olhou bem fundo e durante aquela que foi sua única frase na noite, o toque se tornou um carinho afetuoso. Ela disse com a convicção de quem não tem nada a perder, sede de tudo ganhar.
- Eu nunca desisto do que ainda não existe.”

Vão lá, vão lá, mais do que recomendo!!!

domingo, 24 de abril de 2011

Um ano! Já?

E o primeiro pedaço vai para...

Hoje este humilde cafofo completa um aninho de existência.

Este foi o primeiro de um total de 365 posts, o que dá um surpreendente média (para a pessoa inconstante que sou) de uma postagem por dia.

Tivemos (de acordo com as estatísticas fakes do blogger) um total de 14.425 visitantes que acompanharam meus desvarios, sentimentos, decisões, mudanças e permanências durante este período.


Arrumei um noivo que vou visitar em Setembro lá pelas bandas do Rio.

Fui feliz, triste, escrevi muita merda e algumas coisas legais.

E como este blog é o local em que me despejo sem muita coleta seletiva, hoje é o dia ideal para agradecer sua "passadinha" por aqui...

(pausa para eu sacar meu lencinho e assoar o nariz)

... Muito, muito, mas muito obrigado!!!

Comemoremos, pois...

No meu aniversário...

...teve ela, chegando de surpresa diretamente de Hellcife. Chorei, chorei, choramos...

...teve a outra S. ...


... teve mais amigas amadas...

...ela em presença e cervejas compartilhadas...


...ela em texto-homenagem (e sempre no meu coração), me lembrando assim como Virgínia Woolf... "Quem medirá o calor e a violência do coração dos poetas quando capturados e aprisionados no corpo de uma mulher?"

P.S: Também houve a tentativa de um beijo no final da noite com direito a interrupção com meus gritos de:- Paaaaaraaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiii, porrrrrrrrraaaaaaaaaaa, caaaaacccceeeeeetttttteeee, abreeeeee..... abreeeeeeee...........
Tinham prendido minha mão na porta do carro na exata hora de.

Casa

Quero te mostrar o que em mim é verde e paz e sol e cheiro de flor e aconchego de rede.

Aqui tem um coração em que grilos cantam e borboletas e beija-flores zunem: você... você... você...

Tem promessa de delicadeza, de café e de vinho, de noites com luar e de dias com cafuné e sotaque.

Lençol quentinho.

Tem brisa, tem vendaval.

Por aqui quando chove brotam desejos.

Aqui mora aquela que dança descalça e despida de mentiras e roupas. Sem motivo algum ou apenas para comemorar a matéria de que é feita, sangue, ossos e excessos.

Aqui pinto as unhas, cato bondade, arranco mentiras e máscaras tal qual ervas daninhas.

É aqui que eu sou. Tua casa. Amor. Tua.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Desvio

"- E você, por que desvia o olhar?
(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarrá-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)
- Ah. Porque eu sou tímida."
(Rita Apoena)

domingo, 17 de abril de 2011

Agenda

Sábado (03:00)

- Você sabe que eu sou apaixonada por você, não sabe?
- Sei...
- ...
- ...
- E você, o que você sente por mim?
- Eu sou louco por você, mas tenho medo...
- ...

Sábado (14:00)

- Eu ia te chamar, mas você estava dormindo tão gostoso.
- Eu imagino... vou indo, baby. Nos vemos mais tarde então?
- hum...hum...

Sábado (17:00)

Mensagem de texto: "Apesar de você me saber apaixonada, o que fere meu orgulho, a noite foi maravilhosa. S."

Domingo (02:00)

- Ele ligou como disse que ligaria?
- Não
- Poxa, S. Você sabia que ia dar nisso, não sabia?
- Sabia, mas precisava ter certeza.

Domingo (06:00)

Mensagem de texto: "Lição número 1: nunca jogue com uma mulher apaixonada. Não quero mais brincar... portanto não me ligue mais, ok? Deixe que eu me afaste como vinha tentando. Fique com seu medo. S."

Domingo (19:30)

Anotação na agenda:

"Tirar extrato B.B
Entregar notas IPI
Reunião conselho escolar- 11:00
Trancar coração e esquecer onde guardar chaves."

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Babado

Coragem: Tem, mas tá faltando.

Mas hoje tem é o show de Cidadão Instigado aqui na terrinha. E é sexta-feira. Me obrigarei a sair de casa, pois. Além de que, mandei ainda agorinha uma mensagem marcando um encontro com a razão dos meus desvarios. Acho que foi assim que esgotei a coragem, digitando a tal missiva fofinha e insinuante.

Vamos ver no que dá...

Nossa Senhora do babado forte, rogai por mim!

P.S: E vocês, queridas e poucas leitoras, compartilhem comigo sua opinião. No caso do surgimento de pentelhos brancos (pelos pubianos em versão fina), que farias?

a) Rasparia tudo
b) Tingiria de azul celeste
c) Viraria um freira cotó e cega no alto Himalaia
d) Cometeria harakiri
e) Nenhuma das opções acima.

Grata. Sem mais. Por enquanto.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Textura

Eu cercada de papéis. Correção das provas do primeiro bimestre. Logo de cara me deparo com isso:

A pergunta:
1) O que é textura?

A genial resposta:
- É uma coisa muito bonita.

Detalhe: O aluno em questão usou a mesma pérola para todos os outros quesitos.

Tem como não rir?

Espanto

Assim como quem dá os ombros
Coquete
Vedete
da boca pra fora
e noites adentro

preto no branco

de pele nua

sem nada saber de mim
toda assim
tatuagem e tato

fechei os olhos em espanto quando descobri que te amo.

Enfim...

"Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, e falta de ar..."

Clarice Lispector

Engraçado

Quem lê isso aqui há pouco tempo tem até razão em achar-me com uns instintos meio deprês-homicidas-suicidas, mas juro por dadá, que vez ou outra eu sou até bem engraçada e legal. Pelo menos minhas amigas e os outros povos e povas que eu conheço acham e votariam em mim para palhaça-mór sem nem titubear... e olhe que a concorrência não tá fácil não, viu mermão?!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Cachorro grande

E aí é simples, eu tiro a roupa ou nem isso, é só afastar a calcinha e de repente é mais uma vez, é mais nada. E aí é simples, dá para entender? Porque não é com você, que nem precisa me tocar para fazer cambalear perna, esfriar mãos, prender respiração.
Você me ligou novamente e novamente eu fui madura e racional. Eu não fui te ver como você pediu e segurei as pernas que queriam me levar correndo para que você as abrisse. Eu nunca te menti, nunca disse que não era um tanto quanto vulgar. E é isso. Eu quero que você abra minhas pernas, baby. Você sabe, você me sabe. E joga pesado. Desmonta meus discursos ensaiados com gargalhadas de désdem.

Briga de cachorro grande.

Tua voz soou metálica e distante ao telefone ainda agora... blá, blá, blá... mantenha um tom neutro, me obrigo.... ontem choveu e por isso gripei... falo por instinto, por medo, por tudo. Aí nada falo das verdades de ontem. O quanto eu quis teu abraço quente. E menos, mais nada de tanto ferro, tanta grade, tantas trincheiras.

Mas o que eu afirmo com voz rouca é estar diferente. E você pergunta o que eu me pergunto todos dias. Quando nos vemos? Eu culpo o tempo novamente e torço para que ele me cure desse mal. E sofro encolhida e sozinha mais uma noite.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Tú não te moves de ti...



É assim, sabe? Sabes?

Licença poética por motivo de exaustão criativa

A matéria também sonha... e eu, matéria que sou, sonho alma e desejo.
Desejo.
Findo... aqui nesse espaço. Vazio de soluções para os fantasmas que me assombram...

Eu. matéria, alma e assombros...


Descamo de outras lembranças e atitudes, peles que me sirvam, mas elas, ah... elas... já outrora...


Assim me resta olhar de lado, paisagem e grilos que a enfeitam e sussuram, a máquina ou minha alma fotografa do lado errado.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Essa tristeza...

- F. foi assassinado.

Acordei dum cochilo na tarde de ontem, na casa de E. com a notícia da morte de F. que foi namorado dela há alguns anos atrás. Fomos ao velório. Depois de ver o sofrimento da família, de E., de todos que estavam lá, o que dizer que não pareça um clichê? Repito: Nenhum mãe deveria enterrar seu filho.

F. morreu assassinado por ter se viciado em crack. Não foi nosso primeiro amigo a ir embora desta forma. Torço que seja o último.

Fica uma certeza: É extremamente urgente uma política pública que trate esse problema como deve ser tratado. Como a doença que é.

sábado, 2 de abril de 2011

Azuis e verdes e abris

L., que na foto acima está de calça não difere os azuis dos verdes... uma professora de artes descobriu seu "problema" quando ela era pequena.
Anos depois L. transformou-se em defensora das matas. Do céu também, ora pois... tudo da mesma cor, mas em tons diferentes, ela me explicou num dia de caminhadas e descobertas mútuas.

E Abril é mês de três aniversários...

dia 19- o1 ano de minha separação do W.,
dia 21- o meu,
dia 24- deste blog.

Mesma cor em tons diferentes?

Dos amores

Dos amores que me mataram, nenhum me deixou tão nua em meio a multidão antes de.
Tão desamparo e solidão.
Então não foi amor, penso. Se ao menos fosse parecido, eu não sangraria até quase esvanecer por medo de falar nós. Antes morreria era em êxtases e beijos e mãos enlaçadas e sussurros que contariam daquela dor que era tão grande.
Mas nós, eu só gritei num chuveiro estranho, em poças de perda, e porque nunca existiu nada parecido, eu chorei.
Depois eu menos.

Eu e você então. separados e sós. Você liga. Eu não atendo. Eu não vejo. Você não fala.

Desvario?

Então eu me torno. Retorno.
“Escudo e crueldade a cada gesto.”

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...