Ela tem por esses dias estado bem presente na minha vida. Hilda Hilst. Amo o que ela escreve. E como o erotismo é quase sagrado em suas palavras (ela mesmo já o afirmou). Compartilho então com vocês, um bocadinho que seja, amores meus. Porque eu estou toda trabalhada na liberdade e no desejo.
Ver-te. Tocar-te. Que fulgor de máscaras.
Que desenhos e rictus na tua cara
Que desenhos e rictus na tua cara
Como os frisos veementes dos tapetes antigos.
Que sombrio te tornas se repito
O sinuoso caminho que persigo: um desejo
Sem dono, um adorar-te vívido mas livre.
E que escura me faço se abocanhas de mim
Palavras e resíduos. Me vêm fomes
Agonias de grandes espessuras, embaçadas luas
Facas, tempestade. Ver-te. Tocar-te.
Cordura.
Crueldade.
em «Do Desejo» - Hilda Hilst
Que sombrio te tornas se repito
O sinuoso caminho que persigo: um desejo
Sem dono, um adorar-te vívido mas livre.
E que escura me faço se abocanhas de mim
Palavras e resíduos. Me vêm fomes
Agonias de grandes espessuras, embaçadas luas
Facas, tempestade. Ver-te. Tocar-te.
Cordura.
Crueldade.
em «Do Desejo» - Hilda Hilst
2 comentários:
Hilda? Estamos chiques, benhê. Eu gosto.
Adoro Hilda Hilst e sua sexualidade natural. Fica tudo tão intenso e provocante. Dá vontade de visitar a pele do outro e se esquecer por lá.
bacio
Postar um comentário