quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pressa

Ontem, depois de quatro dias quase sempre juntos, neguei almoçar com J. Ou vê-lo.

Me isolei na minha bolha de individualidade. Cama. Sono. Sonhos. Horas depois, recebi uma mensagem no celular na qual ele se declarava apaixonado. Meu primeiro pensamento foi: Como assim, Bial? Já?

Depois, vários outros pensamentos desordenadamente se sucederam. Até que consegui enxergar-me nessa versão masculina de pressa sentimental. Entendi porque a passionalidade é uma característica que assusta. Em mim. E nos outros.

Parece que estamos tão acostumados (ou pelo menos eu estou) a passar impunemente pela vida e pela cama alheias, que qualquer reação mais forte a esses atos é um motivo de puxar o freio de mão e ligar o pisca-alerta.

Então hoje acordei assim. Estacionada no canteiro da pista. Sem saber aonde ir e sem mapa no porta-luvas.

3 comentários:

Luciana Nepomuceno disse...

Não sei pra onde vai esse relacionamento, mas que tem rendido lindas metáforas, ah, tem.

Leonardo Xavier disse...

S., não está tudo indo bem até agora? Continua indo em frente !

=P

Fred Caju disse...

Acelere, mas não esqueça do cinto de segurança.

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