Ontem, depois de quatro dias quase sempre juntos, neguei almoçar com J. Ou vê-lo.
Me isolei na minha bolha de individualidade. Cama. Sono. Sonhos. Horas depois, recebi uma mensagem no celular na qual ele se declarava apaixonado. Meu primeiro pensamento foi: Como assim, Bial? Já?
Depois, vários outros pensamentos desordenadamente se sucederam. Até que consegui enxergar-me nessa versão masculina de pressa sentimental. Entendi porque a passionalidade é uma característica que assusta. Em mim. E nos outros.
Parece que estamos tão acostumados (ou pelo menos eu estou) a passar impunemente pela vida e pela cama alheias, que qualquer reação mais forte a esses atos é um motivo de puxar o freio de mão e ligar o pisca-alerta.
Então hoje acordei assim. Estacionada no canteiro da pista. Sem saber aonde ir e sem mapa no porta-luvas.
3 comentários:
Não sei pra onde vai esse relacionamento, mas que tem rendido lindas metáforas, ah, tem.
S., não está tudo indo bem até agora? Continua indo em frente !
=P
Acelere, mas não esqueça do cinto de segurança.
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