Ontem na reunião geral do trabalho, numa atitude sábia, porém impensada, solicitei minhas férias. Dez dia apenas.
Mesmo assim, acordei agradecida pela decisão meio que repentina de dar-me direito ao ócio. Não que eu não tenha me dado ao luxo do nada fazer esses meses, mas é que sempre a preguiça era acompanhada por uma pitada de culpa que estragava tudo que eu planejava não estar fazendo.
Então hoje me levantei da cama apenas para comer, ir ao banheiro e comprar cigarro. As garrafas de água me cercam, os lençóis estão desarrumados e não tenho planos nem obrigações. E foi nesse clima de entrega à mim mesma, que tomei a decisão mais importante da minha vida nós últimos anos.
Mas vamos começar pelo começo.
Minha mãe e eu sempre sonhamos com a Itália. Era lá que eu iria fazer meu curso de Artes, planejávamos. Mas fui professora, depois virei executiva, casei, separei, casei de novo, enfim, o meu sonho acabou sendo esquecido pelos caminhos, o meu e os alheios.
Dia desses a amiga-esposa foi para lá. Lá ainda se encontra. E eu nem, nem... Aí hoje me dei conta, lendo um livro que a Borboleta me deu, que sim, é isso. Eu ainda quero. Muito.
Mesmo assim, acordei agradecida pela decisão meio que repentina de dar-me direito ao ócio. Não que eu não tenha me dado ao luxo do nada fazer esses meses, mas é que sempre a preguiça era acompanhada por uma pitada de culpa que estragava tudo que eu planejava não estar fazendo.
Então hoje me levantei da cama apenas para comer, ir ao banheiro e comprar cigarro. As garrafas de água me cercam, os lençóis estão desarrumados e não tenho planos nem obrigações. E foi nesse clima de entrega à mim mesma, que tomei a decisão mais importante da minha vida nós últimos anos.
Mas vamos começar pelo começo.
Minha mãe e eu sempre sonhamos com a Itália. Era lá que eu iria fazer meu curso de Artes, planejávamos. Mas fui professora, depois virei executiva, casei, separei, casei de novo, enfim, o meu sonho acabou sendo esquecido pelos caminhos, o meu e os alheios.
Dia desses a amiga-esposa foi para lá. Lá ainda se encontra. E eu nem, nem... Aí hoje me dei conta, lendo um livro que a Borboleta me deu, que sim, é isso. Eu ainda quero. Muito.
E o melhor. Eu posso.
Não um poder que o dinheiro (que não tenho) me daria, mas o poder de grandes decisões que só a liberdade dá. Não tenho o que me prenda à lugar nenhum, assustadora e deliciosa sensação essa...
O arrebatamento que senti com esse pensamento foi tamanho, que tive que ir comprar cigarro. E tive medo, assumo, de escrever sobre isso. Porque dessa forma eu estaria dando corpo à um desejo tão preemente e devastador quanto escondido. Mas aí está. O desejo e as letras.
E os planos.
Acabarei meu curso e vou. No máximo em dois anos.
O arrebatamento que senti com esse pensamento foi tamanho, que tive que ir comprar cigarro. E tive medo, assumo, de escrever sobre isso. Porque dessa forma eu estaria dando corpo à um desejo tão preemente e devastador quanto escondido. Mas aí está. O desejo e as letras.
E os planos.
Acabarei meu curso e vou. No máximo em dois anos.
Porque sim.
Alguém tem um motivo melhor?
3 comentários:
Apoiadíssima, parabéns! \o/
Vai sim. Eu fui e nada foi mais libertador (com os detalhes que vc conhece). Se quiser conhecer o sul é só avisar que eu te arranjo hospedagem. A Itália é muito a tua cara. E tu pode o que tu quiser. Porque sim é o melhor motivo que há.
Só uma coisinha, nesses 10 dias tem viagem pra RN? rsrs
Uma vez que você tem convicção do que você quer fica muito mais fácil correr atrás.
^^
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