sexta-feira, 1 de julho de 2011

Poças

Eu tô chata, assumo e não sumo, fico é enchendo o saco de todo mundo com minhas picuinhas e blábláblás. Queria, como disse a Lú que tudo fosse ficção. Ah, se sesse...
Saí na quarta, show de Gil, né meus negos? Eu tinha que ir.
Então fui.
Tava lá, toda fina de camarote vip e bota de cano alto, toda luxo, glamour e poesia. Olho para baixo, pro populacho de rasteirinha e quem vejo? Quem? Ele, o cão-mór dos infernos.
Contei à amiga, revoltada: "Fia, foi só ele me ver que começou a beijar uma dona." E ela me arrasando: "Fia, ele continuou beijando a dona porque não significou nada te ver." Quem precisa de inimigos, não é?
Aí eu saio beba de uísque, que era de graça e pobre é uma desgraça e catapluf. De cara numa poça de lama. Sério! cara.numa.poça.de.lama.
E para completar fico escutando merdas de gentes sobre ser rebelde, maldito, não querer se acomodar. Mentira! Balela!
Quer ganhar grana, ter a esposinha e ficar bancando o inconformado.
Pois eu afirmo, cansei de ser sexy. Quero mais não. Quero cachorro, gato, papagaio e um jabuti. Quero um casal de filhos e roseiras. Farei chá para visitas. Usarei bobes e só treparei em dias santos e feriados com meu digníssimo esposo. Me manterei limpa e rezarei o treço e as poças de lama serão um passado que esquecerei. Dos cães dos infernos eu me despeço e vou...
Rá!
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