sábado, 26 de fevereiro de 2011

Para R.


Existem momentos em que tudo parece ter sentido, mesmo que eu digite pausadamente de tão, tão bêbada.

Não, eu não fiquei com ninguém e nenhum desejo exarcebado de estar com qualquer pessoa me faria pensar nisso. Eu acho...

Eu dancei muito hoje. E Pensei em você. Muito também.

Aí eu cheguei a uma bosta de uma conclusão: O grande erro, eu cometi antes, baby... antes de que? De alguma coisa parecida com "nós"?

A minha maior, maior, maior merda foi não ter feito nada.

O virtual é foda, amor. O virtual foi um pau no meu cú.

Olha, eu me protejo, sabe? Eu sou irônica e má. Mas e quando o que eu só quero é estar junto e morrer nos seus braços, pessoa que sequer conheço?

Mal... Mal...

Sinal que eu não tenho uma vida boa e oh! própria, e idealizo merdas fora do meu alcance? Eu não tenho capacidade de realidade e invisto energia no que...?

Virtualidades?

Será?

Quanto tempo faz?

Quantos filhos seus?

E eu? Quantas histórias?

Só sei que eu queria que isso não tivesse acontecido. Você. E tão longe.

Sei também d0 seu cheiro, eu sei esse cheiro... o nosso. Horrível acreditar, e eu sou a primeira que não quero. Acreditar.

E tipo assim... se eu tirar a roupa você já me sabe sem nunca me ter visto. Porque eu e você não rimamos nem combinamos com vergonha e medo e pudor...

E o meu ódio hoje, é que fazia tempo que eu não sentia isso, essa... intimidade com o desconhecido. Com você.

Eu sou uma imbecil e todas essas coisas de amor e desejo, que acabam brigando com minha terapia e com as vantagens de ser uma mulher madura e calejada....

Foda, foda mesmo... Eu não vou mais sequer querer saber que você existe.

Mas é só você me querer...

Você não é real... repetirei... um dia eu acredito...

3 comentários:

Leonardo Xavier disse...

Eu juro a você que eu ainda tenho um pé atrás muito grande com essas questões da virtualidade e romance juntos.

Cele disse...

Pois é... acontece a mesma coisa comigo. O virtual me mostra todos os dias que eu só posso me envolver dessa forma assim com o que não é real porque eu não tenho vida, nada que me segure fisicamente no que efetivamente existe. Divago, planejo, sonho com virtualidades quase impossíveis e durmo todas as noites pensando num "quem sabe se?". É foda, querida. e o pior de tudo é que dói.

PS: Leio sempre e quase nunca comento, mas sou fã.

Rafa disse...

Eu acho que quase nunca o desejo está uníssono com a maturidade (SEJA LÁ QUE PORRA ISTO FOR). Talvez o que a gente chame "maturidade" seje só uma forma de se recompensar pelo desejo não satisfeito...

Bj

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