quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Bucolismo

É para beijar ou para engolir, Mestre dos Magos?

Amores e amoras do meu Brasil varonil, afirmo agora com toda galhardia (adoro!) que me cabe: minha vida é uma sucessão de emoções. Mesmo em dias como hoje, que decidi não sair do pedaço que me cabe neste latifúndio e quase nem atendi o celular.

Vejam vocês, xuxuzinhos da terra, eu moro logo ali, onde ontem acharam as botas de Judas. Num lugar bucólico e cheio até o céu anil de uma exuberante natureza, mas que exige de você sair torrando no sol do meio-dia para poder chegar num compromisso marcado para três da tarde. Pesquise no Google “Longe para caralho”. Aí mesmo.

Mas eu não perco o bom-humor, vejam bem, e sempre encarei meu triste destino de excluída da civilização com garbo e valentia. Mas hoje foi demais, fofoletes, até mesmo para mim. Saí de casa apenas para comprar cigarros (nem ouse me criticar, madre Tereza!). Bastou isso para me deparar com a praga dos tempos atuais aqui em para lá de Marrakesh. Sapos. Muitos sapos. Pulei alguns que alegremente coaxavam (falei bonito, não foi?) e me sentindo vitoriosa quase esboço um sorriso superior.

Mas a natureza se vinga, senhoras e senhores. Ela é má.

Porque foi exatamente durante esse pequeno momento de triunfo que um EVNI (espécie voadora não identificada) me atingiu. Segundos depois soube-a pelo cheiro. Era aquele bichinho que fede bragaraio e que eu esqueci o nome agora.

Fedida e resfolegante chego no posto e compro meu roliudí, o sucesso, de um atendente que olha para mim e ri. Olha e ri. Olha e ri. Fecho a cara, pego o troco e retorno para casa. Os sapos e os pulos se repetem. Não ousei me sentir vitoriosa again porque aprendo as lições duras que a vida me ensina. Pensa que acabou? Nananinanão! Quem me recebe alegremente no portão de casa? Miró. Não o artista, mas o cachorro da minha mãe, um experimento genético cruza de pitbull com rot(valha!!!). Miró me ama, eu sei, só que sua forma de demonstrá-lo é me derrubando no chão. O que ele fez hoje com toda passionalidade e baba exigida para tanto sentimento canino. Grito, falo palavrão e esperneio. Minha mãe faz cara de inocente quando afirma que ele precisava fazer xixi e ela tinha o soltado para isso. Já falei por aqui que minha desnaturada progenitora o intitula meu irmão mais novo? E sim, ele é o predileto.

Enfim, fui tomar um banho para me livrar dos odores de tanta natureza nimim. Aí me olhei no espelho. Para que, é o que me pergunto até agora. Para que, meus deusis??? A ignorância é uma benção, já afirmava minha sábia (contradição mode on?!) avó.

Eu não usei demaquilante ontem antes de dormir, pensei. Eu saí com delineador, lembrei. Sentiu? Isso mesmo, Jack-Sparow-Deep-Piratas-do-Caribe era meu segundo nome. Entendi a risada do atendente do posto. Só não entendo é minha triste sina. Vida pacata é o caralho, meu nome é Zé pequeno.

Rezemos, irmãs e irmãos, rezemos.

3 comentários:

Alexandre Henrique disse...

Ahsuahsuehuh não entendi nada só sei que tou bolando de rir Ashuhhsuahsuehsushueuhu muito legal S.

Luciana Nepomuceno disse...

Ai, ai, ai..eu já disse que sapo não é pra beijar nem pra engolir, é pra enfeitar jardim! Quanto ao resto só posso dizer que sou testemunha ocular e solar das distâncias e tipos. E que ri muito lendo tudo e lembrando tanto. Bjs!

Leonardo Xavier disse...

Pior coisa do mundo, a esses lances de não perceber que se está com algo errado, eu já fui para a padaria com uma camisa ao avesso e só me dei conta quando já estava voltando para casa. Crachá de congresso e aquelas etiquetas com o nome que colam nas nossas roupas durante as entrevistas de estágio, nem sei contar quantas vezes voltei para casa ainda com essa identificações

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