Uma amiga minha estava quase apaixonada. O cara era massa, divertido, bom de cama e parecia realmente estar a fim. Muitos encontros, muito desejo, muita vontade. Depois de mais um fim-de-semana de sexo ardente, acontece o óbvio em se tratando da espécie masculina. Ela sai da casa do dito cujo no Domingo cercada de carinhos e beijinhos sem ter fim. Se encontraram mais tarde. Ele foi ali e já voltava. Adivinharam? Isso mesmo. O cara sumiu. Não atendeu o telefone nem naquele dia nem nos outros, não deu mais notícias. Escafedeu-se.
Minha amiga é uma dama. Não reagiu. Até ontem, mais de uma semana depois. Mandou uma mensagem desaforada. Ele deu retorno. Provavelmente não queria ficar tão mal no filme. Enfim...
Mesmo antes de minha amiga tomar a atitude de colocar os pingos nos is com o imbecil fujão, eu já tinha dado minha opinião. Somos, nós mulheres, em parte as culpadas por essa maestria masculina na arte de se fazer de doido e evaporar.
E sabe por quê? Fomos convencidas que temos que nos portar com dignidade, engolir sapos como se fosse caviar e ainda sermos simpáticas e educadas. Afinal somos adultas, emancipadas e legais, o sexo foi consensual e nós devemos realmente ter entendido errado, não é mesmo? Desde quando sair quase todo dia, trocar mensagens carinhosas, conhecer e conquistar nossos amigos significa compromisso? Somos loucas?
Caralho nenhum. Eu não sou louca e exijo de volta o direito ao chilique. Quero a garantia ao escândalo em bares com o bônus extra de jogar uísque na cara do sujeito. Quero me fazer de vítima, chorar em público, me dizer seduzida. O direito ao tabefe nele e na sirigaita que por acaso estiver acompanhando o canalha. A lei que me exima da responsabilidade caso risque carros, fure pneus, invada apartamentos, toque fogo em roupas ou quebre objetos na parede se ele se fizer de doido. Porque vejam bem, só o terror educa. Só assim eles vão reaprender a gentileza de ligar nem que seja avisando que um dia ele volta quem sabe mas só para dizer que não acredita mais em você, baby.
Vamos mobilizar o Brasil, quiçá o mundo nessa campanha. Vamos hastear bandeiras e organizar passeatas. Mulheres educadas, limpas e vacinadas, descabelem-se. A culpa não é sua, nem minha, nem da minha amiga. É a falta da baixaria que os acostumou mal.
9 comentários:
Muito bom!
só o terror educa!!! Ri muuuuito!!! Adorei o direito ao chilique
Baby, mudando de cara/casa sem avisar, sem preparar a gente?
Como eu lhe disse, sou muito barraqueira, só que é tão sutil que pouca gente nota, kkkkkkk
E me diz logo a data dos shows que eu já tô arrumando a mala pra ir me alojar aí...Bjs
E já que tu tá mudando o blog, tem pena das internets movidas a manivela e muda os comentários pra janelinha, please
uhauhauhauha! Eu acho que se uma fizesse metade desse barraco eu gamava, kkkkk!
um abraço
Eu peço, encareçidamente (tem "ç" mesmo?), inclua os gays.. eu quero que meu ex morra de câncer, lenta, doloramente e só.
Bj
quanto mais eu te conheço mais eu amo essa porra da sua personalidade.
adorável. adorável.
quem não amaria uma mulher assim. dessas que agt tem orgulho de apontar e dizer "ser mulher assim dificilmente é fácil, mas é tão real que quero uma pra mim também.
se eu gostasse de outras bocetas além da minha (narcisista) amaria amar a sua.
um beijo na alma, meu coração.
huahuahuah
Post do caralho, botfé nessa campanha. o/
E adoro o Moska. *-----*
Pouco eu não quero mais há muito tempo. Amo o Paulinho e sou totalmente a favor do chilique.
E digo mais,vou lançar a campanha aqui contra as mulheres malucas que fazem tudo isso que vc.disse que vai fazer mesmo antes de fugirmos.
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