Não está sendo fácil adaptar-me a viver novamente com minha mãe. Apesar de não parecer, sou uma pessoa silenciosa. Já minha mãe acorda falando. E exige respostas. Eu canso e saio. E não volto durante vários dias. Sem computador e sem barulho.
Por isso o silêncio aqui durante. Precisava nada contar, nada saber. Nada a declarar.
Ontem voltei. E hoje, uma terça com cara de Domingo animo-me a escrevinhar pequenas notícias aqui do País das flores em excesso.
- Nem sempre com J. Mas quase.
- Sábado foi o aniversário do amigo-amado. Disseram que eu fui provavelmente a pessoa que mais curti a festa. Um dos motivos talvez tenha sido que já estava vindo da comemoração do aniversário da outra S. Cerveja em excesso. Eu e minha querida vida social.
- O atelier está arrumado. Meu quarto também. Infelizmente apenas os objetos estão no lugar. Eu continuo meio sem saber onde encontrar-me. Preguiça de abrir gavetas. Então os pesadelos me assustam. As verdades transpiram à noite. Sonhei com o ex-marido e acordei chorando.
- Penso na borboleta amada, para quem prometi declarações e afagos. Queria conversar com minha amiga com os pés enfiados na areia de Canoa Quebrada. Queria que o medo passasse. Que nem tudo fosse fragmento e dor. Sim, eu sei que não é. Mas hoje sou só lamento e saudade do futuro.
- Um dia eu volto quem sabe...
- Amém.
3 comentários:
Não estou cobrando nada, fofa. Também queria Canoa, também queria sem dor. Beijos
Eu tava com saudades dos textos aqui. Eu acho que pode demorar um pouquinho mas daqui a pouco você acha um ponto de equilíbrio com a sua mãe. Espero que você fique bem!
um abraço
Também espero que você fique bem. Um beijo grande.
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