Não tenho preconceitos com o mês de Agosto, gosto inclusive dos ventos que parecem assobiar assombrados nesse final de Inverno. Mas estamos tão acostumados a temer os cachorros loucos que dizem habitar esses trinta dias, que hoje acordei quase assustada com o calendário.
Quem me conhece sabe que por trás da fachada de independência e ironia, sou uma romântica. E uma crédula. Me entristece ver o que tenho perdido ou escondido para tentar sobreviver nesse mundo cheio de sentimentos e atitudes cortantes. Visto armaduras e cavo fossos ao meu redor, tento me afastar da dor que podem me causar. Fico assim, cada vez mais distante da pessoa que realmente sou. Neste mês e em todos os outros é esse meu fantasma, minha assombração, meu mau-agouro.
Tenho sentido falta de carinhos e redes balançando e de cortar milimetricamente tomates para molhos amorosos e vermelhinhos. Tenho encompridado olhos para delicadezas e afagos e cafunés. Tenho suspirado por mãos nas costas e beijos atrás da orelha ou risadas cúmplices.
E ontem, fui reler as coisas que tenho escrito e como me pareceu óbvio o processo de reconstrução de mim mesma. Dor seguida de anestesias seguida de carência e saudade. Já falei que também sou previsível?
Daqui a pouco tenho uma reunião onde assuntos chatinhos serão discutidos. Semana que vem tenho muito trabalho acumulado para colocar em dia. Então hoje meu sal grosso é pensar que no próximo final-de-semana me fartarei em mimos e amizade lá em Canoa Quebrada. Onde poderei reunir novamente a energia desperdiçada em sobreviver.
Quem me conhece sabe que por trás da fachada de independência e ironia, sou uma romântica. E uma crédula. Me entristece ver o que tenho perdido ou escondido para tentar sobreviver nesse mundo cheio de sentimentos e atitudes cortantes. Visto armaduras e cavo fossos ao meu redor, tento me afastar da dor que podem me causar. Fico assim, cada vez mais distante da pessoa que realmente sou. Neste mês e em todos os outros é esse meu fantasma, minha assombração, meu mau-agouro.
Tenho sentido falta de carinhos e redes balançando e de cortar milimetricamente tomates para molhos amorosos e vermelhinhos. Tenho encompridado olhos para delicadezas e afagos e cafunés. Tenho suspirado por mãos nas costas e beijos atrás da orelha ou risadas cúmplices.
E ontem, fui reler as coisas que tenho escrito e como me pareceu óbvio o processo de reconstrução de mim mesma. Dor seguida de anestesias seguida de carência e saudade. Já falei que também sou previsível?
Daqui a pouco tenho uma reunião onde assuntos chatinhos serão discutidos. Semana que vem tenho muito trabalho acumulado para colocar em dia. Então hoje meu sal grosso é pensar que no próximo final-de-semana me fartarei em mimos e amizade lá em Canoa Quebrada. Onde poderei reunir novamente a energia desperdiçada em sobreviver.
4 comentários:
Não conheço Canoa Quebrada, mas colocaria essa cidade se fosse escrever um romance onde a mocinha procura a si mesma. ;)
E porque tomar banho de sal grosso se vai praquela delícia de lugar? Estive em Canoa Quebrada há uns 4 anos e voltei renovada pra um ano inteiro. Não se preocupe! Você ficará bem e pensando melhor, mau-agouro é coisa da nossa imaginação! Beijos grandes e bom fim de semana!
Coisa boa! Canoa, borboleta, vc... eu desisti de ter carências e desejos de mãos nas costas, cafunés e molhos vermelhinhos.. quando ela começa a nascer aqui, a esmago, estraçalho, pisando em cima. Bj!
Se rolar uma grana vou com você.
Postar um comentário