Este é um texto difícil de começar, talvez pela quantidade de acontecimentos ou de tempo ou de sentimentos que ele deve tratar. Nunca dois dias renderam tanto de todas estas coisas. Além de risos e frases memoráveis e piadas internas.
Então vou começar contando que Borboleta é a partir de hoje, e até que eu consiga pagar a fortuna que devo, dona do meu corpo. Qualquer coisa, rapazes, podem mandar e-mail para ela, que me agencia e discute valores e/ou quaisquer outros detalhes contratuais.
Depois desse aviso necessário, conto que cheguei em Mossoró às duas da manhã da Sexta. Vinho gelado e uma amiga sorridente me esperavam. Fomos dormir amanhecendo, depois de colocar em dia as fofocas. Mais tarde, depois do almoço e de deixar o Samu, o borboleto-mirim (que é um fofo) na rodoviária para visitar o pai, prontas para cair na perdição e na gandaia e promiscuidade, L., amiga gaúcha da Borboleta vem nos buscar.
Aqui, um parágrafo especial para falar dessa criatura do Sul. L. é divertida, abusada, inteligente e foi indispensável para garantir as gargalhadas constantes que preencheram essa viagem do começo ao fim. Além de dirigir bem e rápido o que nos fez chegar em Canoa Quebrada vivas e ligeirinho e maquiar divinamente, o que garantiu beleza e glamour durante as duas noites que lá passamos.
Descobrimos nossa pousada e que abusada que nós somos, ela tinha um terraço com vista para o mar e um barzinho logo embaixo do nosso quarto, onde o dono nos tratou como rainhas. Finalmente descobri minhas almas gêmeas praieiras, pessoas que concordam com minha filosofia de vida que consiste em sentar num barzinho, tomar cerveja, comer frituras e só dar uns mergulhos para fazer xixí e garantir o cabelo sexy-beach. Nada dessas caminhadas exaustivas e sem sentido, esportes radicais ou tentativa de queimar calorias de qualquer espécie.
Anoitece, o bar fecha, mas nos continuamos bebendo (desta vez vinho) no nosso terraço. Banhinho necessário, roupinhas fofas, maquiagem em ordem, nos encaminhamos para Broadway. Sim, queridos e queridas, a rua principal em Canoa Quebrada chama-se como aquela avenida famosa. Jantamos, bebemos, bebemos mais, mais um pouco, jogamos sinuca. Então, eu que já tava bem trabalhada na embriaguez tento assassinar a maquininha de tiro ao alvo. Não consegui, resolvo deixar minhas companheiras e circular pela rua, entro em lugares estranhos com gente esquisita e decreto internamente a falta de homens interessantes.
Resolvemos voltar para a pousada que ninguém tinha pegado ninguém e já era tarde.
Ao descer a ladeira que nos conduzia ao conforto, encontro uma figura bem simpática que se chamava Jura e morava num castelo. Sério. Foi no terraço deste castelo que o escutamos tocar violão e que eu o batizei de Totó, porque não estávamos mais no Kansas.
Nos despedimos de Totó, o princípo, e chegamos na pousada. Eu querendo porque querendo ir para um tal lual. Quando bati na porta pedindo as meninas que se encontravam dentro do quarto para abrirem para mim que o trinco tinha sumido, notei que a situação não permitia que eu continuasse minha incursão na noite de canoa Quebrada. Fomos dormir bêbadas e decididas a nunca mais passar fome, tal qual Escarlet. (continua...)
Um comentário:
Ai, ai, ai...dá pra fazer mais do que suspirar? Quero tudo de novo de outro jeito, logo, logo...
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