Eu sei que já passou o dia do amigo. E que comecei a contar nos dedos e vi que os meus não são tantos quanto pensava. Mas são bons. Não divido, não empresto, não alugo.
Não sou antipática, muito pelo contrário, puxo conversa em fila de banheiro, convido para ir na minha casa, empresto livros. Todo dono de bar, garçonete, fiteiro e caixa de mercadinho do meu bairro me trata com intimidade. De alguns outros bairros também. Chamam pelo nome. Contam da vida. Na universidade faço piadas, rio de mim mesma e coleciono acenos. Quase uma miss. É, eu conheço muita gente, mas amizade, amizade mesmo, descobri nos dedos, hoje, que tenho poucas.
Pensei sobre isso porque pensei sobre mim, sobre minha história e lembrei de pessoas na minha terra natal que amo muito. Será que gente que se vê apenas uma vez por ano, apesar de se conhecerem há séculos e nunca se telefonam, mesmo com tanto amor, podem se considerar amigas? Ainda?
Não sou antipática, muito pelo contrário, puxo conversa em fila de banheiro, convido para ir na minha casa, empresto livros. Todo dono de bar, garçonete, fiteiro e caixa de mercadinho do meu bairro me trata com intimidade. De alguns outros bairros também. Chamam pelo nome. Contam da vida. Na universidade faço piadas, rio de mim mesma e coleciono acenos. Quase uma miss. É, eu conheço muita gente, mas amizade, amizade mesmo, descobri nos dedos, hoje, que tenho poucas.
Pensei sobre isso porque pensei sobre mim, sobre minha história e lembrei de pessoas na minha terra natal que amo muito. Será que gente que se vê apenas uma vez por ano, apesar de se conhecerem há séculos e nunca se telefonam, mesmo com tanto amor, podem se considerar amigas? Ainda?
Amizade então é mais que casamento? Não acaba? Mentira. É quase igual. Acaba. Desgasta. Consome. Exige. As pessoas envolvidas podem não se reconhecer mais, não quererem mais as mesmas coisas ou nutrirem o mesmo sentimento.
Claro que jamais apresentaria à alguém essas pessoas como "Fulana, minha colega". Mas mesmo com o título de amiga, a sensação de proximidade estará lá? Aquele reconhecer-se como parte da história, da vida, do presente e principalmente do futuro do outro? Tenho minhas dúvidas.
Pareço pouco fiel. Pois é.
Claro que jamais apresentaria à alguém essas pessoas como "Fulana, minha colega". Mas mesmo com o título de amiga, a sensação de proximidade estará lá? Aquele reconhecer-se como parte da história, da vida, do presente e principalmente do futuro do outro? Tenho minhas dúvidas.
Pareço pouco fiel. Pois é.
Quer saber como os soube hoje? Fiz uma lista de convidados para meu aniversário (que está muito, muito longe). Como se ele fosse acontecer daqui a quinze dias. Só para dez pessoas. Todos pagando suas partes. Há tempo para todos se programarem caso precisem viajar (a não ser que estejam na Itália, esposa! Aí eu perdôo.).
Quem com certeza absoluta iria? Para mim é isso. Não há grandes dramas, justificativas ou embromação. Simples assim. Tá ocupado demais para aparecer? Não me sinto mais tão bem com ela/ele? Porra, mas eu sempre pago? Não é meu amigo.
Eu não me despeço fácil. Sou persistente nas e com as pessoas que acredito. Mas quando digo não, é não. Uma grande (ex) amiga, dessas de andar sempre junto, simplesmente nem consta mais da minha atual agenda do celular.
Quem com certeza absoluta iria? Para mim é isso. Não há grandes dramas, justificativas ou embromação. Simples assim. Tá ocupado demais para aparecer? Não me sinto mais tão bem com ela/ele? Porra, mas eu sempre pago? Não é meu amigo.
Eu não me despeço fácil. Sou persistente nas e com as pessoas que acredito. Mas quando digo não, é não. Uma grande (ex) amiga, dessas de andar sempre junto, simplesmente nem consta mais da minha atual agenda do celular.
Outra ligo quase todos os dias, há vários anos.
Para meus amigos eu me mostro. Rio e choro. Eu perdôo, eles me perdoam. Eles estão o tempo inteiro, mesmo que na minha menção de seus nomes ou do bom e velho: “Uma amiga minha disse...” à conhecidos, à garçonete ao fiteiro e ao caixa do mercadinho.
Na verdade virei uma pessoa comunicativa porque era muito, muito quietinha quando criança e ninguém falava comigo. Eu não tinha amigos e os queria. Muitos. Milhares. Aos montes. Hoje quero cortar excessos. Quero o simples. Quero o bom. Quero o real.
Sim, e só para matar a curiosidade alheia, o meu número de amigos é igual à dos pecados capitais.
Para meus amigos eu me mostro. Rio e choro. Eu perdôo, eles me perdoam. Eles estão o tempo inteiro, mesmo que na minha menção de seus nomes ou do bom e velho: “Uma amiga minha disse...” à conhecidos, à garçonete ao fiteiro e ao caixa do mercadinho.
Na verdade virei uma pessoa comunicativa porque era muito, muito quietinha quando criança e ninguém falava comigo. Eu não tinha amigos e os queria. Muitos. Milhares. Aos montes. Hoje quero cortar excessos. Quero o simples. Quero o bom. Quero o real.
Sim, e só para matar a curiosidade alheia, o meu número de amigos é igual à dos pecados capitais.
5 comentários:
Quem chega depois conta? Eu vou, pode aumentar uma taça, não quero nem saber de convite. E, lembrando, em muitas culturas, 7 é o número do infinito, logo, sempre cabe mais um(a).
Concordo totalmente! Também sou super tranquila com relação à vontade de não estar juntos. Tem gente que cobra que os amigos batam ponto e que se suporta tudo. Amizade é como amor, eterna enquanto dura.
Post maravilhoso! Eu tenho uma amiga e um amigo de adolescência, minhas duas irmãs, minha ex-sogra e duas colegas da faculdade. Então estamos quites. Amigo mesmo nós só sabemos quando estamos mal, pois quando estamos numa fase boa qualquer um aparece, conversa, acena, chama pra sair. Nos momentos de crise é que nós sabemos quem realmente nos ama.
Menina que esvoaça, vc está entre os sete, viu boba?
Caminhante, pois é n é?
Lila, as vezes numa boa cachaça tb. rsrsrsr
Eu acho que é uma sensação estranha quando você não se sente mais amigo de alguém que você já considerou um grande amigo, a sensação de encontrar um estranho vestindo a pele que pertenceu a seu amigo.
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