Então era.
Fazem sete anos que há negativas. Não sei se por falta de desejo. Eu nunca o sei. Dele. Talvez ambos saibamos demais de outras coisas, enfim...
Então dia desses (há seis anos) enlouqueci e minha fantasia recorrente era com um certo livro meu que tinha sumido. Sonhava noites a fio com esse tal livro. O amigo que sempre me negou beijo, pouco depois também foi embora. Nos reencontramos algumas outras vezes. Eu o fiz cantar num karaokê antes de virar uma velha casada e chata. Nunca mais nos vimos.
Como nunca consegui dizer que eu o amava tanto? Que sempre o quis na minha cama. Sempre. Talvez porque ele não me quisesse, viesse essa vontade, pensava e não falava. Sou volúvel e má, eu sei. Mas não era só isso, acreditem, era um arrepio de reconhecimento do que vai te lascar na vida. Ele me lascaria, eu sei. Ah, mas como eu queria...
Então eu o reencontro hoje numa festa que nem queria ir. Amanhã ele volta para Brasília, só saiu essa noite aqui na cidade. Ele tá casado e feliz. Não ligou porque veio para ficar com a filha. Mentira, sei que nem meu telefone ele tem.
Ele me olha. Eu quero. Ele me desvenda e eu desmorono como sempre com sua voz. Eu quero beijar aquela boca de maldade. Porque ele é mau. Sempre foi. Ou bom demais para mim.
Tomo cerveja em excesso e resolvo perguntar:
-Tal livro meu está com você?
- Claro, você me deu com dedicatória e tudo o mais. Você me deu de presente o tal livro, S.
- Eu simplesmente não posso ter feito isso, você não entende.
- Sim, mas você fez.
Então decido. Hoje eu vou convidá-lo para minha cama. Tomo um gole de cerveja e olho do lado. Ele sumiu. Eu tenho que ir embora senão não tenho como voltar para casa. Mas sei que novamente ele não me quer, que outro motivo para ter desaparecido?
Fazem sete anos que há negativas. Não sei se por falta de desejo. Eu nunca o sei. Dele. Talvez ambos saibamos demais de outras coisas, enfim...
Então dia desses (há seis anos) enlouqueci e minha fantasia recorrente era com um certo livro meu que tinha sumido. Sonhava noites a fio com esse tal livro. O amigo que sempre me negou beijo, pouco depois também foi embora. Nos reencontramos algumas outras vezes. Eu o fiz cantar num karaokê antes de virar uma velha casada e chata. Nunca mais nos vimos.
Como nunca consegui dizer que eu o amava tanto? Que sempre o quis na minha cama. Sempre. Talvez porque ele não me quisesse, viesse essa vontade, pensava e não falava. Sou volúvel e má, eu sei. Mas não era só isso, acreditem, era um arrepio de reconhecimento do que vai te lascar na vida. Ele me lascaria, eu sei. Ah, mas como eu queria...
Então eu o reencontro hoje numa festa que nem queria ir. Amanhã ele volta para Brasília, só saiu essa noite aqui na cidade. Ele tá casado e feliz. Não ligou porque veio para ficar com a filha. Mentira, sei que nem meu telefone ele tem.
Ele me olha. Eu quero. Ele me desvenda e eu desmorono como sempre com sua voz. Eu quero beijar aquela boca de maldade. Porque ele é mau. Sempre foi. Ou bom demais para mim.
Tomo cerveja em excesso e resolvo perguntar:
-Tal livro meu está com você?
- Claro, você me deu com dedicatória e tudo o mais. Você me deu de presente o tal livro, S.
- Eu simplesmente não posso ter feito isso, você não entende.
- Sim, mas você fez.
Então decido. Hoje eu vou convidá-lo para minha cama. Tomo um gole de cerveja e olho do lado. Ele sumiu. Eu tenho que ir embora senão não tenho como voltar para casa. Mas sei que novamente ele não me quer, que outro motivo para ter desaparecido?
Então porque esperar?
Em casa sozinha.
E decido, o destino é um filho da puta escroto que tirar onda da minha cara. Não podia ter me deixado sem pensar que podia haver tanto mais?
E decido, o destino é um filho da puta escroto que tirar onda da minha cara. Não podia ter me deixado sem pensar que podia haver tanto mais?
3 comentários:
A vida é um negão bem dotado que quer fazer sexo anal com a gente, e as vezes consegue.Sempre digo isso,porque é a mais pura verdade.
Kundera diz lá naquela viagem que é o lance da Insustentável Leveza que só o acaso tem importância, talvez por isso o destino seja tão ressentido e mal-humorado...
Vixe, Ricardo, me lembrou pulp fiction!
Gata, se voce esqueceu da cara de CH e falou com qualquer cara na rua insistindo pra que ele fosse CH, imagina livro com dedicatoria de 6 anos atras? Desencana!
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