terça-feira, 27 de julho de 2010

Lies



Mentiras

Acho que é tempo de desistirmos
E descobrir o que está nos impedindo
De respirar facilmente e conversar direito
O caminho é claro se você está preparado agora
O voluntário está se acalmando
E tirando um tempo para salvar a si mesmo

As pequenas fendas eles escalaram
E antes de você saber que é muito tarde
Para fazer círculos e dizer mentiras
Você se move rápido demais para mim
E eu não consigo acompanhar você
Talvez se você diminuisse o passo pra mim
Eu pudesse ver que você só está dizendo
Mentiras, mentiras, mentiras
Nos separando com suas
Mentiras, mentiras, mentiras
Quando você vai aprender?

As pequenas fendas eles escalaram
E antes de você saber que é muito tarde
Para fazer círculos e dizer mentiras
Você se move rápido demais para mim
E eu não consigo acompanhar você
Talvez se você diminuisse o passo pra mim
Eu pudesse ver que você só está dizendo
Mentiras, mentiras, mentiras
Nos separando com suas
Mentiras, mentiras, mentiras
Quando você vai aprender?

Então plante o pensamento e veja ele crescer
Sopre-o e deixe ele ir

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Então é isso, Once novamente por aqui. Para mim, essa (no vídeo acima) é a cena e a música mais bonita do filme, todo ele cheio de lindas cenas e músicas.

...

...

...

Talvez porque nada é tão triste quanto um fim, exista tanto temor frente aos recomeços. Sim, eu tenho medo, morro de medo, assumo. Não quero mais essa dor que rasga tudo que você demorou tanto tempo para costurar e então vestir coração e aquecer a alma.

Não quero tudo dilacerado. Não sei mais como...

Não quero ver todos os meus jardins pessoais devastados por pragas que não sei como tratar. E ver tudo que era verde e broto e promessa, murchando até fenescer...

E me flagro quase chorando, porque essa ternura que insiste em estar aqui, em mim, todo o tempo, me pega de surpresa sussurrando encantamentos e cantigas de consolo. Viro as costas e ela me persegue pela casa, entranha-se em cheiros que trazem lembranças de tempos tão felizes.

Não quero. E digo não e não e não. Mando-a embora, mas ela se recusa. Ela fica. E hoje não tem vinho nem outra anestesia para fingir que ela é apenas mais um fantasma inconveniente.

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E de Glen Hansard, que estrelou junto com Markéta Irglová o filme, um trecho da música Song for Someone (Uma canção para alguém). Por hoje, tá aí do lado.

"Eu espero que ela seja a mesma
E espero que ela possa sobreviver a isso de novo

E se todos formos de alguem?
E se todos nascemos para alguem?
Quando esse alguem virá
E colocará as coisas nos seus lugares?"

Um comentário:

Luciana Nepomuceno disse...

Eu gosto de recomeços...sou uma esperançosa, admito. Sei das dores e do sangue, mas sei também do riso tranquilo, da cadeira de balanço com por-do-sol, sei que a morte e só ela é que faz a vida ser ela mesma. Sou nordestina mas seis das estações (que sou moça lida) e se a metáfora é sobre jardins não esqueça que sem poda e invernos não se fica pronta pra novos outonos (que acho mais bonito que a primavera, (rssrs). E eu não acho que nós nascemos pra ser alguém, nascemos pra nada e acabamos sendo cada um. E eu te amo, no que quer que isso valha. E não sou fantasma, sou alma penada.

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