Já havia comentando quando a Caminhante fez sua a sua lista que gostaria de fazer a minha. Então ele também fez a sua, e hoje, ao voltar do trabalho, escutando boas músicas (Bach e chuva) cumpro com o que prometi somente para mim mesma.
No meu caso, não vou colocar links, mas deixar que vocês procurem estes livros pelo mundo (o virtual e o real) apenas caso se interessem (não, não vou facilitar). Também falarei apenas de alguns dos meus livros preferidos. Como são muitos, dividirei essa lista em partes.
Essa primeira lista são sobre os livros que me falaram sobre aprender e amar. E sobre aprender a amar (e desamar) também.
A caixa preta de Amós Oz- Se a caixa-preta de uma avião que cai guarda os segredos que levaram à sua queda, a caixa preta de que o autor trata aqui é aquela onde se escondem os detalhes do fim de uma relação amorosa. Comprei na época em que estava me separando pela primeira vez e foi tão devastador quanto irritante lê-lo. É visceral, apesar do autor usar a relação que findou pata tratar de guerras outras que não a entre homem, mulher e os frutos de seu envolvimento.
Metaformose de Paulo Leminski- Tenho épocas de paixão devastadora por certos autores. Leminski sempre me encantou por seus haicais geniais e sua poesia vinda do umbigo. Então houveram dias em que junto à esta paixão havia meu interesse por mitologia grega. Não lembro como encontrei esse pequenino (apenas em tamanho) livro de Leminski, cujo subtítulo é “uma viagem pelo imaginário grego”. E fica para vocês uma frase apenas: “Que nume monstruoso me condenou a ser apenas uma metade? A metade de uma lenda, outra metade perdida nos labirintos da memória?”
Dona flor e seus dois maridos de Jorge, o Amado- Esse cara simplesmente mudou minha forma de me ver como mulher. Tendo sido criada por uma avó evangélica que via qualquer vontade como pecado e tinha poder de veto sobre o que eu lia, foi aos treze anos, já morando com minha mãe, que o descobri e claro, me apaixonei. Esse livro específico trata (para mim) da divisão entre desejo, mesmo que destrutivo e convenções sociais, que toda mulher cedo ou tarde enfrenta. Mas não apenas isso. Como nada no Jorge é apenas.
Cem anos de solidão de Gabriel García Marqués- Não tenho palavras, quem as tem todas é esse livro.
O cheiro de Deus de Roberto Drummond- Convencida por Gabriel Gárcia que o realismo fantástico era delicioso e me convinha, me aventurei com esse livro, convencida também por um namorado numa época distante. Roberto Drummond é também autor de Hilda Furacão. Esse livro tem lobisomens que comem rosas, mulher branca que vira mulher negra em determinadas noites, personagens masculinos com nome de uísque. E não vou falar o que é o cheiro de Deus, porque vocês tem que lê-lo, mas posso adiantar que esse momento (o da revelação do odor divino) é uma das passagens mais lindas e que descreve com a força de punhaladas na alma, amor e ódio, fome e desejo, sanidade e loucura, que já li em toda minha vida.
Mulheres que correm com os lobos de Clarisse Pinkola Estés- Um livro de uma autora que é terapeuta Junguiana só pode ser uma leitura chata, mas surpreendentemente é um livro delicioso que muda tudo dentro de você. Um calhamaço de trocentas páginas do qual eu e minhas amigas ao comentar, nos referimos como “a Bíblia”.
Morangos mofados de Caio Fernando Abreu- "Mas te investigo, te busco, te suspeito cúmplice de mim, não dele, porque a tua ajuda é a única que posso esperar, então insisto sempre se me entendes, e volto a perguntar então, me entendes? assim, me entendes, tu? agora, me entendes, ou nunca?"
No meu caso, não vou colocar links, mas deixar que vocês procurem estes livros pelo mundo (o virtual e o real) apenas caso se interessem (não, não vou facilitar). Também falarei apenas de alguns dos meus livros preferidos. Como são muitos, dividirei essa lista em partes.
Essa primeira lista são sobre os livros que me falaram sobre aprender e amar. E sobre aprender a amar (e desamar) também.
A caixa preta de Amós Oz- Se a caixa-preta de uma avião que cai guarda os segredos que levaram à sua queda, a caixa preta de que o autor trata aqui é aquela onde se escondem os detalhes do fim de uma relação amorosa. Comprei na época em que estava me separando pela primeira vez e foi tão devastador quanto irritante lê-lo. É visceral, apesar do autor usar a relação que findou pata tratar de guerras outras que não a entre homem, mulher e os frutos de seu envolvimento.
Metaformose de Paulo Leminski- Tenho épocas de paixão devastadora por certos autores. Leminski sempre me encantou por seus haicais geniais e sua poesia vinda do umbigo. Então houveram dias em que junto à esta paixão havia meu interesse por mitologia grega. Não lembro como encontrei esse pequenino (apenas em tamanho) livro de Leminski, cujo subtítulo é “uma viagem pelo imaginário grego”. E fica para vocês uma frase apenas: “Que nume monstruoso me condenou a ser apenas uma metade? A metade de uma lenda, outra metade perdida nos labirintos da memória?”
Dona flor e seus dois maridos de Jorge, o Amado- Esse cara simplesmente mudou minha forma de me ver como mulher. Tendo sido criada por uma avó evangélica que via qualquer vontade como pecado e tinha poder de veto sobre o que eu lia, foi aos treze anos, já morando com minha mãe, que o descobri e claro, me apaixonei. Esse livro específico trata (para mim) da divisão entre desejo, mesmo que destrutivo e convenções sociais, que toda mulher cedo ou tarde enfrenta. Mas não apenas isso. Como nada no Jorge é apenas.
Cem anos de solidão de Gabriel García Marqués- Não tenho palavras, quem as tem todas é esse livro.
O cheiro de Deus de Roberto Drummond- Convencida por Gabriel Gárcia que o realismo fantástico era delicioso e me convinha, me aventurei com esse livro, convencida também por um namorado numa época distante. Roberto Drummond é também autor de Hilda Furacão. Esse livro tem lobisomens que comem rosas, mulher branca que vira mulher negra em determinadas noites, personagens masculinos com nome de uísque. E não vou falar o que é o cheiro de Deus, porque vocês tem que lê-lo, mas posso adiantar que esse momento (o da revelação do odor divino) é uma das passagens mais lindas e que descreve com a força de punhaladas na alma, amor e ódio, fome e desejo, sanidade e loucura, que já li em toda minha vida.
Mulheres que correm com os lobos de Clarisse Pinkola Estés- Um livro de uma autora que é terapeuta Junguiana só pode ser uma leitura chata, mas surpreendentemente é um livro delicioso que muda tudo dentro de você. Um calhamaço de trocentas páginas do qual eu e minhas amigas ao comentar, nos referimos como “a Bíblia”.
Morangos mofados de Caio Fernando Abreu- "Mas te investigo, te busco, te suspeito cúmplice de mim, não dele, porque a tua ajuda é a única que posso esperar, então insisto sempre se me entendes, e volto a perguntar então, me entendes? assim, me entendes, tu? agora, me entendes, ou nunca?"
Breve outra lista. Ou não.
4 comentários:
Quando eu li "Mulheres que correm com lobos" pensei no grande privilégio de ser mulher e ter um livro desses dedicado à mim. É tão lindo, tão legal, do início ao fim. Parece que foi dito pra você, ao pé do ouvido.
Me frusta um pouco ver 100 anos de solidão na tua lista e do Chicuta e não ter me sentido tão impactada. O li logo após A Casa dos Espíritos e acabei achando os dois muito parecidos.
Pow S., eu confesso minha ignorância e que não li nenhum dos títulos da tua lista. Apesar de que estou vendo o Caio Fernando Abreu ser tão comentado que está me batendo a curiosidade.
Tive o mesmo problema que vc.Faltou espaço para colocar todos os livros que gosto de verdade.Deixei de fora "Diário de Anne Frank" e "Eu,Christianne F.,drogada,prostituida"
Chegou a dar dó...
Ai, ai, a inveja...já sabe o que vai rolar por lá né? Linda lista, amiga, mas como não seria sendo sua?
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