Um dos meus trabalhos atuais é uma instalação com cartas. Então estou relendo todas as minhas muitas, muitas cartas, principalmente as recebidas na época que morei em Fernando de Noronha, dos dezoito aos vinte anos. Encontrei vários motivos de orgulho e sorrisos (e sim, algumas lágrimas). Um destes motivos é a percepção do quanto já fui amada por pessoas especiais. Uma dessas pessoas foi T. Ele foi meu primeiro amor aos onze anos, meu primeiro homem aos quinze, meu melhor amigo todo o tempo. Sempre estávamos juntos, mesmo quando não estávamos juntos. Não nos falamos há cerca de uns seis anos, mais ou menos.
T. tentou me impedir de casar, me ensinou sobre arte e me apresentou a Klimt , me presenteava com rosas vermelhas em caixas que ele mesmo fazia. Foi o único que amou quando eu cortei meu cabelo bem curto, foi me buscar no fim do mundo quando eu fugi de casa depois de uma briga com minha mãe, me amou até o último grito acusatório. Aceitou o pacote completo. Era também mulherengo e prepotente. Me abandonou uma boa dezena de vezes para voltar chorando. Então eu viajei para ensinar na ilha, e passei a receber as suas cartas. Curtas e cheias de entrelinhas. Abaixo uns trechinhos cheios de emoção de primeiro amor.
“... Shit! Será que nós... você sabe? Você se empenha? Você ainda pensa? Eu sim! Acredita ou acha uma loucura?”.
“Nossa despedida poderia ter sido mais, mais calor no abraço, mais atenção no afago, mais eu e você. Amo tanto.”
“ O sofrimento e a felicidade são os prêmios para perdedores e vencedores. Que tal vencer? Estou tenso, tezo... tudo pode mudar, mas o que sinto por você só pode crescer. Some meu amor à você. Sempre!”
“?Porque? Te amo! (Ainda?!)”
Então estou assim hoje. Num clima suspirante e saudosista. Ai...ai...
T. tentou me impedir de casar, me ensinou sobre arte e me apresentou a Klimt , me presenteava com rosas vermelhas em caixas que ele mesmo fazia. Foi o único que amou quando eu cortei meu cabelo bem curto, foi me buscar no fim do mundo quando eu fugi de casa depois de uma briga com minha mãe, me amou até o último grito acusatório. Aceitou o pacote completo. Era também mulherengo e prepotente. Me abandonou uma boa dezena de vezes para voltar chorando. Então eu viajei para ensinar na ilha, e passei a receber as suas cartas. Curtas e cheias de entrelinhas. Abaixo uns trechinhos cheios de emoção de primeiro amor.
“... Shit! Será que nós... você sabe? Você se empenha? Você ainda pensa? Eu sim! Acredita ou acha uma loucura?”.
“Nossa despedida poderia ter sido mais, mais calor no abraço, mais atenção no afago, mais eu e você. Amo tanto.”
“ O sofrimento e a felicidade são os prêmios para perdedores e vencedores. Que tal vencer? Estou tenso, tezo... tudo pode mudar, mas o que sinto por você só pode crescer. Some meu amor à você. Sempre!”
“?Porque? Te amo! (Ainda?!)”
Então estou assim hoje. Num clima suspirante e saudosista. Ai...ai...
5 comentários:
Você morou em Noronha... Não voltarei a falar com você até que a minha inveja passe.
Gostei dos trechos, esse sabia dizer o que queria mesmo.
Lindamente amada quem tão lindamente vive...
Apesar de ser aqui pertinho do Recife, eu nunca fui para Noronha. Morar lá deve uma experiência incrível. E eu acho legal essas histórias de amor que se transformam. O tempo passa e por mais que não tenha dado certo ainda fica aquele carinho e amizade.
Fred, com agora somos namorados, que tal passarmos nossa lua-de-mel lá, garanto que a inveja será substituida por sentimentos digamos... mais nobres. rssrrsr.
Caminhante, sim ele sabia o que dizer, o que fazer e onde pegar.
Brabuleta, linda é tú e tudo que escreves!!!
Leonardo, segredinho, eu sou Recifense tb, visse? psssss. mas n moro mais aí n.
Beijos a todos.
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