Tirei os vestidos bonitinhos da mochila para que coubessem minhas linhas, agulhas, papéis, tintas e pincéis e... desisti. Então é. Mala de rodinha, e assumidamente uma mulher que não vive sem creme de pentear. Ah, mas eu tentei, né? Peço publicamente perdão à N.S da mulheres de sovaco cabeludo e despidas de vaidades e sigo viagem amanhã com sua benção assim mesmo. Cheia de tranqueiras... e com excesso de peso.
Enfim, estarei durante um mês ou mais no Vale do Capão, como já comentei por aqui... e portanto, fora de área... sentirei falta daqui e de vocês, fofoletes...
Fica então, meus amores e amoras, essa que é minha oração não só de Natal, mas do para sempre. Ou até que digamos em uníssono amém... Sintam-se amados...
"Ao teu encontro, Homem do meu tempo,
E à espera de que tu prevaleças
À rosácea de fogo, ao ódio, às guerras,
Te cantarei infinitamente
à espera de que um dia te conheças
E convides o poeta e a todos
esses amantes da palavra, e os outros,
Alquimistas, a se sentarem contigo à tua mesa.
As coisas serão simples e redondas, justas.
Te cantarei
Minha própria rudeza e o difícil de antes,
Aparências, o amor dilacerado dos homens
Meu próprio amor que é o teu
O mistério dos rios, da terra, da semente.
Te cantarei
Aquele que me fez poeta e que me prometeu
Compaixão e ternura e paz na Terra
Se ainda encontrasse em ti, o que te deu."
(Hilda Hilst)
E a música é... só vou ficar por lá... mais um pouquinho, ok? Inté!