terça-feira, 3 de maio de 2011

Dos outros. De mim.

"Ela sabia o que era o desejo - embora não soubesse que sabia - Era assim : ficava faminta mas não de comida, era um gosto meio doloroso que subia do baixo-ventre e arrepiava o bico dos seios e os braços vazios sem abraço. Tornava-se toda dramática e viver doía..."

Caio F., é claro! ( )
Clarice, é claro! ( )

6 comentários:

Fred Caju disse...

Há fomes e fomes.

Luciana Nepomuceno disse...

Tá, precisa começar a desnudar a fome alheia assim? Affe.

Mariê disse...

Bom dia,

É lindo esse trecho, mas não é do Caio, não, é da Clarice Lispector, A Hora da Estrela.

Desculpe a intromissão. Não é arrogância não, viu? Esse trecho me impressionou muito quando li, descrevendo o desejo sem que a Macabéia se dê conta de que é desejo. É lindo! Todo o livro é lindo.


Uma abraço

Mariê

Mariê disse...

Aliás, acho que os dois (Clarice e Caio F.) tem uma escrita bem semelhante. Introspectiva, sofrida, dolorida mesmo.

Adoro os dois!

Outro abraço

Mariê

Menina no Sotão disse...

Ele, sempre ele. Nem vou dizer mais nada. Mas será que você ouve se eu gritar? rs
bacio

Alexandre Henrique disse...

Este desejo aí parece esticar a moça. Que texto integrante Beijos S.

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