Postado aqui no blog há algum tempo atrás. Hoje. Novamente.
Talvez porque nada é tão triste quanto um fim, exista tanto temor frente aos recomeços. Sim, eu tenho medo, morro de medo, assumo. Não quero mais essa dor que rasga tudo que você demorou tanto tempo para costurar e então vestir coração e aquecer a alma.
Não quero tudo dilacerado. Não sei mais como...
Não quero ver todos os meus jardins pessoais devastados por pragas que não sei como tratar. E ver tudo que era verde e broto e promessa, murchando até fenescer...
E me flagro quase chorando, porque essa ternura que insiste em estar aqui, em mim, todo o tempo, me pega de surpresa sussurrando encantamentos e cantigas de consolo. Viro as costas e ela me persegue pela casa, entranha-se em cheiros que trazem lembranças de tempos tão felizes.
Não quero. E digo não e não e não. Mando-a embora, mas ela se recusa. Ela fica. E hoje não tem vinho nem outra anestesia para fingir que ela é apenas mais um fantasma inconveniente.
2 comentários:
No meio da dor, confie em si mesmo, acredite isto é melhor que se pode fazer S. Você já deve saber disso, mas não sei porque escrevi.
Abraços querida S.
E não se sabe que dor é maior a de resistir ou a de ceder à paixão com toda a sua imprevisibilidade. Mas eu não sei falar dessas coisas, não sei. Bj
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