domingo, 5 de setembro de 2010

Resgate

Ontem eu me emocionei. Fomos para um festival de música instrumental, eu e amiga-mestra. Este festival é realizado dentro das igrejas da minha e de outras duas cidades. Lindo. Lindo. Lindo. Comentei depois que o enlevo que sentimos era uma prova real da existência de algo maior. Divino? Humano? Realmente Interessa? Ela me contou que numa hora em que saí para fumar um cigarro, um homem ao seu lado estava rezando. Eu entendo esse homem. Minha oração foram as quase lágrimas.

Depois fomos tomar uma cerveja. Conversamos e assumi minha vontade de não voltar para casa por esses dias. Da solidão que tenho sentido. Do medo de abrir a porta do apartamento e me deparar com o silêncio. De pensar sobre mim. Sobre os outros. Sobre ele. Liguei e marquei de ver Iza.

Me debando pro outro lado da cidade com amiga-mestra. Na rua do bar onde eu encontraria Iza, coincidentemente havia um festa rolando. Galera Cult, conhecida e cinematográfica dançava numa casa estranha. Deixei amiga-mestra dançando junto com eles e tomei umas cervejas com a linda e duas amigas dela no tal bar. Fui para festa depois. Notei-nos penetras não desejadas. Tomei mais da cerveja dos outros e fiquei bêbada.

Amiga-mestra foi embora e eu mesmo com a síndrome de patinho feio que sempre me acomete no meio daquele povo, insisti em ficar. A carona que era certa ficou mais bêbada que eu e resolve dormir por lá. Cinco da manhã eu me deparo numa parada de ônibus sozinha. Durmo sentada e um travesti me acorda quando chegamos ao terminal. Chego em casa quase às sete. Não tinha virado cisne nem nada. Ontem eu me senti mais só que nunca. E se alguém encontrar meu bom-humor e minha alegria por aí, me avise. Pago resgate.

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