sábado, 3 de julho de 2010

Um longo post para um longo final de semana

Uma das minhas melhores amigas chegou aqui em casa na Quinta. Tava mal e queria conversar. Eu com um vinho recém-adquirido que planejara tomar sozinha, esperando o freezer descongelar, toda trabalhada na piniqueirice, recebo ligação de outra amiga. E do menino abusado e do seu amigo. Quatro garrafas de vinho e doze cervejas depois, nossa festa para cinco já tinha me proporcionado muitas gargalhadas, uma conversa bêbada com a borboleta querida (com direito a cam e tudo), e uma viagem para lá de Marrakesh. Acabamos a noite no bar pé-sujo amado, e claro, que eu, que perco tudo, desta vez exagerei. Alguém viu minha chave por aí?
Longe do meu colchão próprio, fomos dormir na casa do menino abusado, onde muito comportada e ajuizadamente, fiquei longe das mãos do sujeito. Acordo ressacada bem na hora do jogo que nos tirou a esperança do hexa. Passo grande parte do segundo tempo dentro de um táxi, que me leva à casa da minha mãe e à cópia das chaves de casa. Quando retorno para frente da televisão, o Brasil já tinha se lascado. Sofri. Mas a promessa do rubacão da amiga salvou meu coração entristecido. Venho para casa e a única chave que a minha Mãe não fizera a cópia era a do cadeado que me deixava longe do meu celular, do meu computador, dos meus shampoos, das minhas calcinhas e roupas, enfim, da minha vida. Apelo para o porteiro super-herói que munido de martelo e afins, assassina o cadeado maldito.
O menino abusado e o amigo vem para cá, a amiga também. Mais cerveja. E mais. Amigo querido liga e nos incentiva a ir para o Centro, onde haveria show. Um amigo da amiga também liga (vamos chamá-lo de FinancialMan) e quer me conhecer, afinal soubera da minha inteligência e charme. Combino com o menino abusado que se eu não me desse bem com FinancialMan, dormiríamos juntos (Afinal, sou uma mulher precavida). Despacho-o e à seu amigo, marcando de encontrá-los no Centro depois. Me arrumo num estilo vestido-branco-puta e balanço meus cabelos cacheados quando vejo que FinancialMan é uma delícia. A noite prometia.
Mas como sempre digo, o inferno é cheio de cão. E começa agora.
FinancialMan é rico e prepotente e mandão. Quer determinar minhas palavras e minha noite. Enfim, se emputece quando conto do acordo que eu fizera com o menino abusado. Mas pelo menos, baixa um pouco a bola. Mas jura pela filha mortinha que não me beijaria. Nos beijamos. Mas ele se vinga quando chegamos no bar, afirmando de cinco em cinco minutos para o menino abusado que eu sou apaixonada por ele.
Meia-Noite, FinancialMan acaba enchendo o saco do estilo alternativo do Centro da cidade, sem seus amados seguranças e vai embora para uma boate, depois de nos fazer jurar que vamos encontrá-lo depois.
Chegam os cães. Todos eles.
O artista que foi o amor da minha vida me arrodeia e eu fujo. Para dar de cara com Homem-Teflon. A essa altura da noite a bebida já havia liberado a maldade do meu coração. Pergunto a Homem-Teflon porque ele não atendera meu celular e discurso sobre consideração, respeito e carinho. Mando-o tomar no cú e vou me esconder numa barraca com a amiga e um conhecido dela que elogia meus peitos. Agradeço e resolvo voltar para o bar.
Um coroa, amigo do menino abusado tinha chegado. Onze telefonemas de FinancialMan e muitas cervejas depois, resolvemos finalmente ir para a tal boate. O pessoal espera do lado de fora enquanto procuro por FinancialMan no meio do barulho e da fumaça. Ele diz que vai encontrar-nos lá fora. Não vai. Liga para a minha amiga e diz que não é palhaço para ser um homem de fim de noite.
Decidimos ir para o pé-sujo amado, onde enquanto o menino abusado tentava transar com o pé da mesa, dou de cara com o Homem-Teflon. Considerando que a noite foi cheia de emoções demais, vou ao banheiro chorar, e quando volto para a mesa, o menino abusado, depois de dar em cima da amiga, tinha ido embora.
O coroa amigo do menino abusado nos deixa em casa, depois de contar-nos que o palhaço tinha mandado ele se virar para pagar a conta. Eu já tinha avisado que estava sem grana depois de bancar cerveja para todo mundo e o imbecil tinha dito para eu não me preocupar. Cão dos infernos!!!
Quando chegamos em casa, o menino abusado liga e pergunta se ainda pode vir dormir aqui. Não contarei as palavras de baixo calão que utilizei na minha resposta, mas digamos que o fim do mundo será menos barulhento que o som da minha voz. Fui dormir e aqui me encontro, depois desse longo final de semana, e de um telefonema internacional da esposa (adoro!), tomando coca-cola e comendo frango frito.
A amiga ainda está aqui e quase agorinha me solta essa: - Tá, não vou mentir, eu até tomaria uma cervejinha agora...Medos, muitos medos.

3 comentários:

Caminhante disse...

Menina, cada cerveja é um flash!

Anielle Duarte disse...

amiga... rendeu isso td!!!

Unknown disse...

E ainda faltou achuachuachuachuachuachuachuachuachu......

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